Muqui em Foco | A notícia na hora certa!: Prefeito e vice prefeito de Muqui concede entrevista exclusiva ao Muqui em Foco
Publicado: sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
Postado por marcio

Prefeito e vice prefeito de Muqui concede entrevista exclusiva ao Muqui em Foco


O prefeito do município de Muqui Aluísio Filgueiras e o vice prefeito Renato Prúcoli, concederam entrevista exclusiva ao site Muqui em Foco, onde revelam que o município de Muqui está em situação precária em varias áreas, veja a entrevista

Muqui em Foco - Como surgiu essa entrada na política?
Aluísio – Desde novo sempre gostei de política, porém logo no início da minha vida profissional eu sofri muita perseguição, aqui dentro de Muqui e aquilo naquela época eu novo ainda me revoltou muito, e a oposição da época que na época era o PMDB me convidou para afiliar, então fui candidato na época, e dali pra frente nunca mais parei de mexer, alguns anos mais, alguns anos menos, até que em 96 me lancei como candidato a prefeito pela primeira vez e também foi uma desavença do grupo político da época, houve uma pendência que não era agradável, favorável então nós resolvemos fazer um novo grupo político, na época sabíamos que era um grupo pequeno sem possibilidade de vitória, mais nos lançamos para ver a repercussão que teria, não ganhamos, mas também não ficamos tão mal nessa, e no outro ano seguinte 2004 a votação já foi melhor, perdi por 234 votos e isso aí fez com que firmasse mais o desejo de vir como candidato e também vi que muita coisa estava para ser realizada em Muqui, principalmente na minha área que é a área de saúde e ninguém queria realizar e sentindo a necessidade dentro daquela área, batalhei, insisti de vir a candidato a prefeito, até essa vez agora foi a quinta vez, então minha entrada na política se deve a isso, por que a minha família eu não tenho histórico de políticos, tenho alguns políticos na família mas não são diretamente ligados por sangue, são pessoas próximas que tem na família, mas que nem tive contato com eles, faleceram antes deu nascer.

Renato - Bem meu envolvimento político, se deu desde novo, já participava de alguns movimentos sociais, então aquilo faz com que a gente vá tomando rumo, como Aluísio mesmo disse, não satisfeito com algumas situações e a gente se envolve e quando a gente se envolve tem que colocar a cara na reta e acaba a gente participando de movimentos políticos, na qual eu entrei na política.

Muqui em Foco - Nas eleições passadas vocês eram oposição, e como se deu essa junção?
Aluísio – Houve até bastante reuniões, o grupo de oposição na qual nós pertencemos sentia e viu mais claramente que a oposição era forte e o que enfraquecia a oposição em Muqui era a divisão e esse ano agora, foi-se melhor conscientizado de uma união da oposição e vimos que com a união a possibilidade de uma vitória era maior, foi então que concordamos que deveria haver uma união de partidos, fizemos primeiramente a união dos partidos e depois a escolha dos candidatos, não foi nada imposto, foi tudo conversado dialogado, amplamente conversado até que chegou a essa dupla que está aí.

Muqui em Foco – Você ficou surpreso com o resultado? Ou foi além das expectativas?
Aluísio – Estava mais ou menos dentro das nossas expectativas , sentia que a oposição tinha chance, na eleição passada em 2008 a oposição teve 68% dos votos e para este ano a expectativa era que tivéssemos mais de 50% dos votos, em alguns momentos nós ficávamos um pouco receoso, não amedrontado mas sim receoso, pois a política em Muqui, não faz política somente, tem política e politicagem, então nesta politicagem em que tudo é válido, tudo é legal, tudo é normal, isso preocupava a gente porque nossos recursos financeiros sempre foi muito pouco e nós como oposição temos como princípio o seguinte fazer a política não vender os bens para depois tirar isso de volta, não é o caso de outros candidatos que investem alto na campanha e depois poder retirar isso de volta e não é essa a nossa condição, então com isso a nossa situação de campanha é uma condição bem inferior, haja visto mesmo a campanha, não tivemos gastos altos, nem movimentação de gente a nossa volta a poder de recursos financeiros pagando para que as pessoas acompanhassem, não houve nada disso, quem sempre nos acompanhou, quem nos acompanhou na campanha política, foi com ideal de ver mudança e melhorias, não se achegaram para tirar vantagem, ninguém se achega a nós para tirar vantagem, o nosso método de trabalho é diferente.

Muqui em Foco – Como que está atualmente a prefeitura de Muqui?
Aluísio – A prefeitura de Muqui, nós temos alguns dados que conseguimos na transição levantar, a dura pena, não nos foi passado o necessário para uma transição foi em doses minúsculas que foi passado pouco a pouco, mas nós por informação e correndo atrás de algumas coisas conseguimos ver. A situação da prefeitura é visível, está abandonada e isso aí vai gerar despesas altas, maquinário sucateado, estivemos percorrendo o parque de exposição, onde tem carros sucateados, maquinas, carros, de uma relação de 60 veículos, nós só conseguimos levantar até agora 30, hoje a movimentação de guinchos trazendo carros, com mais variados defeitos, motores partidos e tudo mais trazendo de Cachoeiro para cá a movimentação esta total. Tem veículos sem motor, veículos sem eixo traseiro, não é defeito faltando um pequeno parafuso, são defeitos grandes e que deprecia o maquinário violentamente, praticamente sucateia o maquinário e os que estão andando, todos tem problema, uns na caixa de macha, outros de motor, outros de turbina, tem uma ambulância da peugeot que tem problema de turbina, problemas de freio sério, tudo isso é um problema muito difícil da gente enfrentar.
A saúde está totalmente abandonada em Muqui, todo mundo vê e sente a situação que a saúde se encontra, as escolas jurandir frança martins, estão todas abandonadas, as escolas rurais com fenda na parede de quase 10cm, então são obras que vão custar dinheiro e vai ficar muito caro, então tudo isso tem que enfrentar, ouve-se dizer que vai ficar dinheiro em caixa mas a maior parte deste dinheiro que vai ficar em caixa ficar direcionado para determinadas, e essas licitações prendem esse dinheiro.
Renato – Esse dinheiro é para usar em determinadas obras, e não foi utilizado ainda, porque tem algum problema, esta em protesto,
Aluísio – Existem funcionários que me ligaram, que foram despesados e receberam cheque para receber em janeiro de 2013, está sendo deixado dívida, pode não aparecer na contabilidade, mas já tem cheque rodando, já está entrando no orçamento de janeiro.

Muqui em Foco - E quanto ao quadro de funcionarismo da prefeitura? Como está o quadro de funcionários?
Aluísio – Está super encharcado, quase 900 funcionários

Muqui em Foco – E o que você pretende fazer?
Aluísio – Nós temos que adequar a folha desses funcionários , dentro da realidade do município, tanto em quantidade de funcionários porque o município de Muqui não precisa de tantos funcionários, e também os gastos que tem com eles a prefeitura está do jeito que tá, porque grande parte dos recursos está sendo gasto com a folha de pagamento, e a folha de pagamento infelizmente tem várias modalidades, então precisamos adequar para tornar a prefeitura governável, temos funcionários parados sem fazer nada, temos que infelizmente fazer um ato que é desagradável para a gente que pratica e para os que serão dispensados. Não é por causa de 400 a 500 funcionários que vamos parar um município com mais de 14 mil pessoas.

Muqui em Foco – Durante a campanha, a maioria dos candidatos se colocaram contra a forma como foi colocado o patrimônio histórico, existe uma preocupação do governo atual com o patrimônio histórico?
Aluísio – O patrimônio histórico e algo que deveria ser melhor organizado, ele foi implantado o que se fala de “quela a baixo” a população praticamente não foi ouvida, foram reuniões muito restritas, sem alertar para população o que seria o patrimônio histórico, falavam de patrimônio histórico e convidavam, mas as pessoas não tinha consciência futura do que aquilo representaria para o município, o que aconteceu? Foi implantado o patrimônio histórico em Muqui que ele deixa de ser benefício para população para ser quase que um castigo, só se ouve dizer que não pode: Não pode construir, não pode realizar... não se diz o que pode.
Já estamos em contato com o SEBRAE para trazer cursos para preparar o comércio, preparar lanchonete, restaurantes é uma maneira de lidar com o turismo que vem a Muqui, pois a cidade está com a caraterização de cidade turística, então é uma foram de preparar o comércio, precisamos saber como lidar para cativar o turista.
Muqui em Foco – Hoje se fala muito por Muqui ser sítio histórico, engessou muito a cidade por que não pode mexer na casa, ou fazer uma indústria, o que você pensa a respeito desse fato?
Aluísio - Foi o que falei, o sítio histórico de Muqui, foi feito, criado, imposto para as pessoas como um castigo, você vê que você falou aí só não, não e não, tem essa ideia dentro do município que o sítio histórico está reduzido no que não pode ser feito, e o que pode ser feito? Se você perguntar na rua para 200 pessoas, todas vão dizer “não sei”. Então o que nós queremos, é sentar com a secretaria de cultura e ver até onde pode mudar e esclarecer a população através de reuniões, palestras, até onde o cidadão muquiense tem a sua liberdade, nós não estamos presos e nem podemos ficar, a liberdade é para todos, não podemos ficar presos em alguma coisa.
Está sendo discutido o PDM de 20 pessoas outro dia aí, e muitos foram obrigados a ir, funcionários da prefeitura, futuramente ele vai ser entendido pela população como se fosse um tombamento histórico, eles marcaram outra reunião para janeiro e pediram só com a administração que vai entrar, então vai participar o secretariado e eu pedi pelo menos os vereadores também, para já ter uma motivação maior, depois teremos uma reunião pública, essa reunião eu vou querer que elaborem um fôlder para que possamos distribuir nas famílias, possa convidar o povo, alertar, para o que pode vir amanhã, porque vai delimitar áreas onde não pode ter construção, indústria, vai delimitar áreas que não pode construir nada, vai mudar o perímetro urbano da cidade, foi visto lá loteamento fora do perímetro urbano, são coisas que a população precisa estar presente para questionar, estão querendo finalizar isso até junho, e já tem mais de um ano que estão fazendo isso, vai ser um Deus nos acuda quando bater isso para população.

Muqui em Foco – Quais são suas primeiras ou principais atitudes em relação a saúde?
Aluísio – A saúde já começa com entrave o promotor em novembro do ano passado, fez uma intervenção na maternidade e indicou como interventora a pessoa física Édna e não da instituição, ou seja tudo está na mão dela, ela por sua vez, encharcou a folha de pagamento com um monte de funcionários é outra folha de pagamento que a prefeitura tem que não consta na folha oficial, o dinheiro sai da prefeitura não como pagamento, mas como custeio para saúde, hoje o hospital está em uma situação caótica, eu vi a relação de médicos no município e me apavorei, tem 28 médicos em Muqui, e a população não consegue consulta, a população não consegue um preventivo, a população não consegue um exame direito, não consegue nada é só queixa de fila, a saúde tem que ser reformulada totalmente, tem que ser reerguida, conversando com o Roberto, ele é auditor das contas da saúde do município e ele falando que de 2008 a 2012 houve uma queda de 64% do custo da participação do município na área da saúde. Muqui deixou de oferecer a atenção básica da saúde, o que faz com que o orçamento que vem para saúde, também vá lá em baixo, se o governo vê, que Muqui não faz raio x, não faz ultrassom, Muqui. Agora nós vamos ter que trabalhar, reformular a saúde toda, para daqui um ano ou um ano e meio, estarmos com patamar diferente, vamos ter que chegar a níveis de 2008, ao invés de estarmos progredindo, vamos ter que voltar la traz, porque do jeito que está se continuar acaba o sistema de saúde, então nós temos que fazer uma reformulação total na saúde, que está com excesso de funcionários, uma montoeira de médicos e o povo não é atendido, temos que ir onde está o erro, onde está a falha, municípios do porte de Muqui tem muito menos médicos e o povo é atingido.
De imediato a prefeitura não pode trabalhar na maternidade, até o promotor tomar uma providência, está na mão do promotor, eu não posso chegar lá e falar: “Acabou a intervenção”, o ministério público deu está intervenção e só o ministério público pode voltar atrás.

O prefeito Aluísio Filgueiras e seu vice Renato Prúcoli falaram ainda da situação que estava o lixão de Muqui, e que a partir do dia 01/01 o município já teria um novo lixão, fora do município e que no momento é o mais correto, você pode conferir abaixo, algumas fotos que foram passadas pelo vice prefeito.

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